Para que possamos nos relacionar com um mapa, temos de ser capazes de ver algo de nós mesmos ali. Se podemos reconhecer uma esquina, um parque, um hospital, nós podemos começar a introduzir nossas experiências no mapa. Visões aéreas são de grande ajuda, porque mostram as cores e formas originais dos diferentes edifícios, das ruas, e todas as outras características. O mapa base a ser utilizado em oficinas colativas é uma foto aérea do bairro do tamanho de um cartaz com a legenda das ruas do bairro. Trata-se do tamanho ideal, porque em escalas maiores os detalhes se perdem.
O mapa deve respeitar o conhecimento e a experiência do grupo, buscando utilizar seus conceitos e linguagens. Isto significa que os símbolos e nomes de lugares devem vir do discurso do próprio grupo. Geógrafos críticos, como Jay Johnson têm apontado que os mapas cartesianos limitam a nossa representação do espaço porque exigem limites fixos, enquanto que muitas culturas valorizam limites fluidos.
Para compreender as causas de um problema coletivo, os mapas devem tornar visíveis os fatores que configuram o problema. A capacidade de visualizar os diferentes conjuntos de dados em camadas sobrepostas -- como por exemplo, dados demográficos, do uso da terra e taxas de ocorrência de asma -- auxilia na exploração das suas interpelações.
Em uma oficina focada no transporte de mercadorias, por exemplo, os grupos mapearam ruas com tráfego de caminhões pesados e as empresas que os atraíram em uma transparência colocada sobre uma foto aérea do bairro. Quando a mesma transparência foi sobreposto em um mapa da mesma área com designações de uso da terra, tornou-se evidente que os problemas apareciam sempre que zonas industriais estavam misturadas com bairros residenciais. As camadas de conhecimento da comunidade sobre os limites institucionais e legais podem ajudar o movimento da comunidade para além do problema imediato, a uma exploração de suas raízes políticas.
Mapas como ferramenta de articulação da comunidade
Compreender um problema que afeta toda a comunidade à partir de um "quadro maior" ("bigger picture"), pode ajudar a fortalecer as relações entre os moradores afetados pelo problema. Um desafio fundamental na mobilização em torno de um problema comum é convencer as pessoas do valor de se unir aos outros e trabalhar juntos.
A elaboração coletiva de mapas pode ser uma ferramenta útil na evolução, da experiência individual isolada, para a construção de uma análise compartilhada sobre os desafios comuns. Construir mapas coletivamente significa reunir experiências compartilhadas, descobrindo padrões, e desenvolvendo a uma compreensão coletiva dos elementos que as configuram.
Referência: “Social Cartography: The Art of Using Maps to Build Community Power“
O mapa deve respeitar o conhecimento e a experiência do grupo, buscando utilizar seus conceitos e linguagens. Isto significa que os símbolos e nomes de lugares devem vir do discurso do próprio grupo. Geógrafos críticos, como Jay Johnson têm apontado que os mapas cartesianos limitam a nossa representação do espaço porque exigem limites fixos, enquanto que muitas culturas valorizam limites fluidos.
Para compreender as causas de um problema coletivo, os mapas devem tornar visíveis os fatores que configuram o problema. A capacidade de visualizar os diferentes conjuntos de dados em camadas sobrepostas -- como por exemplo, dados demográficos, do uso da terra e taxas de ocorrência de asma -- auxilia na exploração das suas interpelações.
Em uma oficina focada no transporte de mercadorias, por exemplo, os grupos mapearam ruas com tráfego de caminhões pesados e as empresas que os atraíram em uma transparência colocada sobre uma foto aérea do bairro. Quando a mesma transparência foi sobreposto em um mapa da mesma área com designações de uso da terra, tornou-se evidente que os problemas apareciam sempre que zonas industriais estavam misturadas com bairros residenciais. As camadas de conhecimento da comunidade sobre os limites institucionais e legais podem ajudar o movimento da comunidade para além do problema imediato, a uma exploração de suas raízes políticas.
Mapas como ferramenta de articulação da comunidade
Compreender um problema que afeta toda a comunidade à partir de um "quadro maior" ("bigger picture"), pode ajudar a fortalecer as relações entre os moradores afetados pelo problema. Um desafio fundamental na mobilização em torno de um problema comum é convencer as pessoas do valor de se unir aos outros e trabalhar juntos.
A elaboração coletiva de mapas pode ser uma ferramenta útil na evolução, da experiência individual isolada, para a construção de uma análise compartilhada sobre os desafios comuns. Construir mapas coletivamente significa reunir experiências compartilhadas, descobrindo padrões, e desenvolvendo a uma compreensão coletiva dos elementos que as configuram.
Referência: “Social Cartography: The Art of Using Maps to Build Community Power“
|