Foi no último dia 27, há uma eternidade portanto, mas vale registrar pelo significado. A BusinessWeek publicou o artigo "Um Caso para definir a Idade Digital" (A Case to Define the Digital Age) onde se coloca claramente a favor dos ativistas capitaneados por Lessig contra os interesses corporativos na questão dos direitos autorais. O artigo foca o debate no caso Eldred vs. Ashcroft, que é uma confrontação direta ao CTEA (Copyrights Term Extension Act), que extendeu a proteção por mais 20 anos, totalizando 70 anos após a morte do artista.
Está marcado para o próximo dia 9 de outubro a sessão da Superma Corte sobre o caso, e pela primeira vez há chances claras de vitória para o ativismo dos direitos digitais. O enfoque da análise dos juízes será questionar se a extensão do termo de proteção tem como resultado efetivo a promoção do progresso das ciências e das artes. Uma decisão contra o CTEA abala diretamete os fundamentos jurídicos do DMCA.
Doc afirma que o artigo pode ser um sinal significativo da virada de jogo nesta disputa entre Hollywood e o resto do mundo digital. Até então só havíamos colecionado derrotas nas cortes americanas, e ícones como Napster, Audio Galaxy e Aimster foram atropelados por decisões judiciais que refletiram o resultado do articulado lobby dos estúdios em Washington.
A filosofia de Doc parte do princípio de que o Business precisa de mercados, e adora "Grandes Mercados". Mercados são formados por pessoas, grandes mercados são formados por milhões de pessoas - nada como um mercado gigante onde as pessoas se sintam à vontade. Nesta equação pode estar a dica para entendermos porque a causa de Hollywood começa a ficar tão impopular na grande mídia. Veja também na Wired, no SF Gate, no Pacific News e no LA Times.
Estando em sampa desde a sexta-feira para a "jam session" da Luiza e do Miguel (meus filhos que moram aqui), e sendo hoje 30 - dia de concentração - vou ativando o contato para subir o Pico do Jaraguá e me juntar aos irmãos do Céu de Maria, do amigo Glauco.
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