O Global Voices Summit em Budapeste foi um evento memorável. Cabe aqui um reconhecimento solene ao excelente planejamento e execução de toda a equipe de apoio, e também
muitos 'vivas' a esta extraordinária comunidade global de blogueiros reunida pelo projeto.
O primeiro dia (26/06) contou com um workshop mais reservado, promovido pelo GV Advocacy, destinado a debater aspectos da liberdade de expressão na rede. Especialistas em filtragem de conteúdos na rede como Rob Faris, da Open Net Initiative, discutiram os 4 principais tipos: policial (bloqueio a sites de oposição ou noticiosos independentes), social (bloqueio de pornografia, jogos de azar e/ou apologia a álcool e drogas), segurança (bloqueio a movimentos separatistas e terroristas violentos) e aplicações web (ferramentas de circunvenção como o Tor ou servidores de proxy). Para a equipe GV, dois novos tipos de filtragem merecem atenção: o bloqueio a conteúdo para celulares, e o bloqueio a sites de mídia social -- o qual é mapeado pelo GV Advocacy.
A seguir tivemos dois dias do evento aberto ao público, contando com a participação de inúmeros jornalistas, blogueiros, ativistas da liberdade de expressão, e demais interessados em novas mídias. No primeiro dia os painéis contaram com relatos de blogueiros que sofrem censura em países como Belarus, Japão, Egito e Paquistão, e como os ativistas respondem a estas limitações.
Wael Abbas apresentou alguns vídeos indigestos que ilustram o desrespeito a direitos humanos no Egito, enquanto Ory Okolloh (grávida) compartilhou sua experiência pessoal no valoroso movimento de blogueiros em resposta à crise política que se seguiu à eleição presidencial de dezembro último no Quênia. Ao relato das ameaças sofridas por Okolloh, que certamente podem induzir certo grau de auto-censura, seguiu-se a exposição de Alex Au sobre o "lado psicológico da repressão" que parece ocorrer em Cingapura. Neste país, a apatia pela busca da liberdade de expressão parece estar embotada por 20 anos de um impressionante desenvolvimento econômico local.
O segundo dia do evento público foi marcado pela apresentação dos projetos 'Rising Voices' (Vozes Emergentes), e também pelo anúncio dos novos projetos relacionados à saúde pública. É enorme a satisfação em fazer parte desta comunidade, e sempre agradeço a oportunidade do convite do brother David Sasaki, coordenador do Rising Voices. Georgia Popplewell, agora nossa Managing Director é quem divide a foto comigo e David em Budapeste.
Na rede
terça-feira, julho 15, 2008
Aprendendo com as Vozes Globais
Postado por Unknown às 17:26
Marcadores: budapeste, global voices, gvsummit08, rising voices
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