O Valor publica hoje duas matérias que ilustram o embate que está sendo travado nos bastidores do mercado de software nacional. O Zé Dirceu é o homem que está respaldando a revolução do software livre no Brasil, e repito, pois já disse antes, que devemos estar atentos para denunciar a movimentação das corporações no sentido de sabotar o movimento. A notícia abaixo apresenta o fato:
Governo federal acelera utilização do software livre
Em novembro, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, enviou circular a todos os ministérios e órgãos públicos, sugerindo que, nas novas aquisições de hardware (computadores), os gestores avaliem a "conveniência de utilização preferencial do software livre". Sérgio Amadeu, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), uma autarquia ligada à Casa Civil, disse ao Valor que, por enquanto, o governo está sugerindo, mas que, dentro de um ou dois anos, a sugestão vai se transformar em obrigatoriedade. "Neste momento, estamos fazendo um trabalho cultural, de convencimento", advertiu Amadeu.
Valor Econômico - 01/03/2004
Enquanto isso, Luiz Sette, o diretor jurídico e de assuntos corporativos para a América Latina da Microsoft, em entrevista telefônica diretamente de Miami, expressa a posição do monopolista ("Não tenha a menor dúvida de que estamos preocupados..."):
Microsoft teme decisões com base ideológica
O grande receio do setor é a adoção de leis que dêem preferência aos softwares livres. "Se o governo decidir com base em aspectos técnicos, temos plenas chances de competir. Mas se for por aspectos ideológicos, teremos dificuldades", diferenciou Luiz Sette, diretor-jurídico e de Assuntos Corporativos da Microsoft para a América Latina, por telefone (direto de Miami, onde trabalha).
Valor Econômico - 01/03/2004
Quem já viu um discurso do Sérgio Amadeu (veja vídeo), e / ou acompanha o que está acontecendo em Brasília em relação ao Software Livre, sabe que estamos falando de uma mudança cultural induzida pelo Governo. A ideologia presente é a certeza de que o rumo é correto, acrescida da coragem em enfrentar a força bruta corporativa em parceria com a mídia cooptada. É preciso clareza na argumentação e firmeza de propósitos.
"Não estamos defendendo um produto, mas um modelo", diz o presidente do ITI, Sérgio Amadeu".
Valor Econômico - 01/03/2004
TODO APOIO AO ZÉ DIRCEU!! mesmo que ele não queira...